2024-03-12

O céu já não é o limite: DST por terra, mar, ar e espaço


Fundada em 2008 com o objetivo de estabelecer uma rede de fibra ótica abrangendo 11 municípios no Norte de Portugal, a DSTelecom já “superou a marca de 900 mil casas cobertas, expandindo a sua infraestrutura para mais de 145 municípios”, afirma Ricardo
Salgado, CEO do braço de telecomunicações do grupo DST, em declarações ao Negócios.

Atualmente, afiança, a rede da DSTelecom tem todos os operadores de retalho a operar em Por-tugal, tanto fixas quanto convergentes, a prestar serviços na rede, “evidenciando a neutralidade e
transparência de suas redes e negócios”, enfatiza, adiantando que a empresa tem em curso um plano de expansão que prevê o alcance de cerca de um milhão de casas cobertas até ao final deste ano.

"Temos a convicção de que somos um agente ativo e dinamizador do desenvolvimento socioeconómico das regiões onde levamos a rede e os serviços de telecomunicações multioperador", defende Ricardo Salgado, considerando que esta autoestrada digital “tem contribuído, mais do que para fixar pessoas, para atrair pessoas, ajudar a captar investimento e, consequentemente, a criar riqueza nestas regiões".

Entretanto, a DSTelecom tem colaborado com operadores de retalho portugueses para expandir o modelo de negócio multioperador do segmento fixo para o móvel, "especialmente em concelhos onde já existem sinergias criadas pela cobertura de fibra”, assinala o CEO da empresa, que fechou 2023 com uma faturação de 50,4 milhões de euros, mais 7,5 milhões do que no ano anterior.

Após terra e ar, a DSTelecom entrou no mar:  uma colaboração com a Marinha Portuguesa e o INESC-TEC procedeu ao lançamento de um protótipo de cabo submarino sensorizado, com dois quilómetros de comprimento, nas imediações do porto de Sesimbra, em mar aberto e até profundidades superiores a 100 metros.

"Sismos, tsunamis, fauna marítima, poluição, circulação de embarcações, submergíveis, temperatura da água são parte do manancial de dados que podem ser capturados em tempo real através desta pioneira infraestrutura sensorizada", explica Salgado. Assim,
"capitalizando o capital de confiança do mercado português, a DSTelecom posicionou-se para ser um parceiro ativo na gestão e sensorização dos novos cabos submarinos que vão ligar o continente aos arquipélagos dos Açores e da Madeira", sinaliza.

Após conquistar terra, ar e mar, a DSTelecom soma e segue, tendo agora chegado ao espaço no âmbito de um consórcio de uma dúzia de entidades - a bordo do primeiro satélite desenvolvido, construído e operado a partir de Portugal, que foi lançado na passada segunda-feira.

A empresa bracarense desenvolveu tecnologia de comunicação para o nanossatélite MH-1 cujo objetivo é fornecer conectividade a sensores terrestres fora do alcance dos meios tradicionais de telecomunicações. "No âmbito das suas competências, o nosso trabalho focou-se maioritariamente no desenvolvimento de algoritmos de processamento digital do sinal, com o intuito de desmodular os sinais recebidos pelo satélite e modular o sinal processado para enviar de novo para terra", detalha.

Missão DSTelecom: "Este envolvimento sublinha o compromisso da empresa em expandir a oferta de serviços em infraestruturas de conectividade sem fios, abertas e neutras, tanto por terra, ar e mar, quanto por espaço, garantindo conectividade universal", conclui Ricardo Salgado.

 

Fonte: Jornal de Negócios