2023-06-22

Inovação: dstelecom continua a investir em projetos de edge computing e smart cables


A dstelecom assinala, no final deste mês, o término do financiamento público de dois projetos de inovação, o Netedge e o K2D, e o início do investimento próprio nos mesmos.

Com uma duração de quase 3 anos, resultaram em vários avanços para as áreas do edge computing e dos cabos submarinos inteligentes. Por essa razão, a dstelecom decidiu prolongar os projetos e continuar a investir financeiramente nos mesmos, enquanto pilares estratégicos para o futuro da organização.

No Netedge, que visa a implementação de um sistema de edge computing numa rede fixa de fibra ótica, o grupo de trabalho, composto pela dstelecom, Bee Engineering, Fapajal Papermaking, bysteel fs, Universidade do Minho e pelo Instituto de Telecomunicações, terminou, com sucesso, um piloto experimental de 3 nós de edge computing distribuídos geograficamente na rede da dstelecom. Além disso, desenvolveu um sistema Multi-Access Edge Ccomputing (MEC) baseado no software open source MANO.

A grande disrupção do projeto prendeu-se com a adaptação do MANO para uma rede fixa e com a capacidade de gerir múltiplos operadores de telecomunicações, exigência necessária o tornar compatível com o modelo de negócio multioperador da dstelecom. Por estas razões, a solução desenvolvida pelo consórcio contempla, também, uma forte componente ecológica, na medida em que numa única instraestrutura são partilhados múltiplos recursos, reduzindo a pegada ambiental.

Com esta aposta, a dstelecom espera alavancar novos modelos de negócio, estando já a explorar o potencial de implementação e de evolução do conceito junto do mercado.

Já no que toca ao K2D, acrónimo de "Knowledge and Data from the Deep to the Space", um projeto que visa a criação e desenvolvimento de tecnologia para cabos submarinos inteligentes, foi executado um piloto experimental na Zona Livre Tecnológica Infante D. Henrique, em Tróia, para testar e validar a tecnologia. O desafio consistiu em executar um nó submarino com capacidade de acoplar qualquer sensor (temperatura, pressão, pH, hidrofone, sismógrafo, etc), que permite ter diferentes sensores por nó e deixa ao critério do operador do cabo, ou do seu cliente, monitorizar a variável que for do seu interesse, permitindo adicionar ou retirar sensores conforme seja necessário. Além disso, o sistema tem a capacidade de receber os dados, enviá-los através do cabo até à costa e, de seguida, processá-los, para que o utilizador final possa aceder aos registos em tempo real.

O consórcio, composto pela dstelecom, Universidade do Minho, INESC-TEC, CINTAL, Universidade dos Açores, Air Centre, Alcatel Submarine Networks e pelo M.I.T., continua em estreita colaboração para proceder à instalação de um novo cabo submarino com 3 nós de monitorização, também na ZLT Infante D. Henrique, no final do verão do corrente ano. Além disso, a equipa procura juntar cada vez mais parceiros nacionais com o intuito de criar um cluster nacional com competências na área das telecomunicações marítimas, e assim potenciar o setor.

As sessões públicas de encerramento do Netedge e do K2D decorrem a 27 e 30 de junho, respetivamente, no campus do dst group, em Palmeira, Braga. Os interessados podem garantir o seu lugar inscrevendo-se online aqui e/ou aqui.